sábado, 19 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O TEMPO PERDIDO E O TEMPO QUE NOS RESTA


Quando você não é capaz de ser fiel à pessoa que você ama, mais cedo ou mais tarde você acaba traindo a si mesmo.

À medida em que uma relação vai se desgastando por causa de uma desconfiança permanente, muito do amor se perde.

Nenhuma relação se mantém sólida quando apenas uma das partes se dedica, uma das partes acredita, uma das partes é fiel.

Quando você ama muito alguém, o mínimo que você merece receber é o amor, na mesma intensidade, e com a mesma entrega
É quando você então experimenta a maravilhosa sensação de se realizar no amor, de encontrar em alguém a felicidade que você sempre buscou.

Portanto, não pense que você é capaz de amar alguém o suficiente para preservar um relacionamento em que não há reciprocidade.

E qual é o sentido de um amor assim, em que só você ama e a outra pessoa tem essa garantia total de que é amada a ponto de você rastejar por ela.

Essa pessoa não quer apenas o seu amor, ela quer na verdade, dominar os seus sentimentos, quer que você se torne dependente dela, é como um vício.

Quando você aceita tudo isso, você abre mão de um sentimento importantíssimo: o seu amor-próprio, a capacidade de valorizar o que há de melhor em você.

Saiba reconhecer quando chegar o momento em que a separação pode ser um remédio, a solidão pode ser o alívio de uma dor tão grande que causam a você

Quando você dá um basta em uma situação como essas
Você pode sofrer muito no começo, mas algo de muito positivo vai ocorrer.

Ou a pessoa que despreza os seus sentimentos percebe o quanto você é especial e passa finalmente a valorizar isso.

Ou você vai se sentir forte o suficiente para superar uma relação que já não faz você feliz.

É tudo uma questão de superar o tempo perdido e de valorizar o tempo que se tem…

Gutemberg Gomes

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sobre Eduardo Costa.. Amoooo


Eduardo Costa no site Universo Sertanejo - Confira a Entrevista Exclusiva


Fonte: www.universosertanejo.com.br

20/05/2010Entrevista: Eduardo Costa

A ideia de fazer uma grande entrevista com o Eduardo Costa é antiga. Uma das primeiras matérias publicadas aqui no blog, em janeiro de 2008, foi com ele.

Acompanhei, nesse último mês de abril, os shows de Sumaré-SP e Araxá-MG, e segui para Belo Horizonte, onde ele mora. O resumo (um tanto extenso) da conversa pode ser conferido abaixo.

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Eduardo Costa é o único nome do meio sertanejo que conseguiu destaque nos últimos anos carregando uma bagagem imensa dos anos 1990.

Seu estilo é extremamente popular, conquistou grande parte dos fãs do sertanejo romântico de vinte anos atrás, e apoiado nesse público se tornou o primeiro cantor solo a cair nas graças da massa dentro da música sertaneja.

Seu sucesso foi a maior prova do poder da pirataria. Seus primeiros discos foram vendidos no Brasil inteiro em barracas de camelô, enquanto as grandes lojas do ramo e as televisões não faziam ideia de quem era ele.

Histórias não faltam. Desde morar na casa da família de César Menotti e Fabiano, antes da dupla ser sucesso, até os parentes que organizaram uma viagem para o seu enterro, após acreditarem em um dos tantos boatos que acompanham sua carreira.

A partir de agora, um pouco da história do cantor Edson Vander da Costa, de 30 anos de idade, nascido em Belo Horizonte, criado em Abre Campo-MG, mas conhecido por todos como Eduardo Costa.

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Como foi a história do camelô que te ajudou a fazer sucesso?

Cara, eu gravei umas músicas demo, só voz e violão mesmo, sem produção nenhuma, não tinha intenção que isso rolasse. Mas como você dá pra um, esse amigo repassa pra outro, a coisa acaba rodando. Chegou um dia, um amigo me disse: "Eduardo, diz que o CD que você gravou está vendendo bem em Goiânia, mas com o nome de Zezé di Camargo acústico.

Eu fui até Goiânia, encontrei com esse rapaz (o camelô) e ele me disse que ia por o meu nome no disco, mas se parasse de vender, ia voltar a vender como se fosse do Zezé. Nessa ida, eu acabei conseguindo uns shows, e a coisa começou a andar por lá justamente por causa desse disco.


E como se deu o salto desse disco amador para o primeiro disco oficial, produzido pelo Pinóchio (em 2002)?

Olha só a história. Um cara aqui em Belo Horizonte que me conhecia resolveu me ajudar a gravar meu primeiro CD, investir no CD. E foi com esse dinheiro que eu fui até o Pinóchio e gravei o meu primeiro disco, “Ilusão”, que mudou minha carreira.

Nesse disco tinha "Coração aberto", que mostrou o Eduardo Costa pro Brasil. Eu consegui fazer um nome em Goiás, Mato Grosso e em Minas Gerais antes, com o CD que não era pra ser CD, mas as coisas mudaram quando eu lancei o de 2002 mesmo. Aí em 2003 eu já lancei o “Rasgando a Madrugada" e a coisa foi embora.

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No ano seguinte, Eduardo resolveu apostar em um projeto acústico, chamado "No boteco", que trazia apenas regravações dos anos 1990. O acerto foi tamanho que em 2006, o "No boteco 2" apareceu na revista "Época" como um dos 15 discos mais vendidos do país, quando pertencia a pequena gravadora Caravelas.

O mérito foi das rádios. Até essa época, ele nunca havia aparecido em um programa de TV de nível nacional.



Em novembro desse mesmo ano, ele gravou o primeiro DVD, que mostrou sua imagem, que poucos conheciam, e que estourou com a música "Me apaixonei".

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Na época em que você começou a despontar, a onda do sertanejo "universitário" ainda não tinha surgido, mas pouco tempo depois acabou dominando o mercado. Como foi pra se encaixar no meio de toda aquela mudança?

Na verdade eu sempre fiz o que eu gostava. Tem gente que me chama de "sertanejo universitário" só porque eu faço sucesso hoje. O meu negócio sempre foi falar de amor, seja sofrer por amor ou fazer declaração.

Mas você é o único que conseguiu se destacar sem fazer o que chamam de "novo" sertanejo, não é?

Sim, mas isso não foi pensado. Eu acabei pegando o público que todo mundo esqueceu.

Meu público é bem diversificado, de todas as classes sociais, de todas as idades. É o público que gosta do que eu gosto. Eu faço música pra dona de casa, pra desempregado, pra pinguço, modelo, milionário, universitário, analfabeto, biscate. É pra todo mundo que gosta mesmo de música. Eu quero é ter esse público pra sempre.

Quem fez do Roberto Carlos o que ele é hoje? Quem elegeu o Lula? Foi o povo. Não tô me importando se me chamam de novo, velho ou ultrapassado. Olha aí minha agenda e vê nas rádios do Brasil quais artistas estão entre os mais pedidos.




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A frase que melhor explica o sucesso dele é "eu peguei o público que todo mundo esqueceu". Quem gostava do sertanejo dos anos 1990 ficou sem artistas novos para seguir, já que o "novo" sertanejo não consegue atingir grande parte desse público. Ele tem diversos tipos de fãs, sim, mas seu trunfo maior é, sem dúvida, ter conquistado quem não se identifica com essa nova cena.

Ele sabe ser popular. Atende toda a fila do camarim, acena para todo mundo, e grava vinhetas para qualquer rádio que pedir, independentemente do tamanho dela. Não à toa, é uma das figuras mais bem quistas entre os radialistas.

Eduardo brinca muito com a imagem do "cachaceiro", do "bebedor de pinga", termos que ele gosta de usar em suas brincadeiras com os fãs, sua faceta mais conhecida.

O que não é do conhecimento de muitos é seu lado sério. Não bebe antes ou depois de shows e gosta de controlar de perto o trabalho de toda sua equipe. De vício, apenas café. Três garrafas por dia.

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Por muito tempo, você foi apontado como um imitador do Zezé di Camargo. O quanto isso atrapalhou sua carreira e te incomodou?

Pensa que eu já cantava sozinho e tinha um estilo que muita gente chamava de ultrapassado. Ai vem gente pra cima de mim com a história de ser cópia? Pô, é brincadeira, né?. Eu sempre cantei músicas do Zezé, como eu cantei do Leandro e Leonardo, do Chrystian e Ralf, Rick e Renner, Chitãozinho e Xororó. Eu fui adolescente durante essa geração deles, então é claro que eu ia acabar cantando o que eu gostava de ouvir.

Isso diminuiu mesmo quando minhas músicas começaram a ficar conhecidas e o pessoal foi vendo que eu tinha meu estilo, que eu era o Eduardo Costa. Eu sinceramente não reclamo de nada, tanto que tô te falando isso porque você perguntou.

Se eu quisesse imitar o Zezé, teria montado uma dupla. Eu sou o primeiro artista da musica sertaneja a conseguir fazer sucesso cantando sozinho. O Sérgio Reis veio do Rock dos anos 60, Leonardo e Daniel de uma fatalidade, Marcelo Aguiar fez sucesso durante dois anos e depois foi cantar músicas evangélicas. Eu fui influenciado por várias duplas na minha adolescência, mas sinceramente se eu tivesse que imitar alguém, imitaria o Leonardo, sou fã desse cara.

Acho que pra gente ser sucesso, pro cara conseguir seu espaço, ele precisa ter vivido muito, essas dificuldades fazem parte, ter que aguentar certas coisas faz parte. E eu posso te dizer que eu passei por tudo que você possa imaginar. Victor e Leo não tão estourados? Pois é, passaram vinte anos tocando em bar. Sucesso não é de um dia pro outro não, e só se mantem nele quem consegue olhar pra trás e assistir todo aquele filme na memória.

Mas em alguns momentos você parou de cantar, não é?


Parar, não, mas eu virei músico de banda. Precisava me sustentar, era moleque e eu tinha que arrumar um jeito de ganhar dinheiro. Fui músico do Barrerito com 13, 14 anos, depois que ele já tinha saído do Trio Parada Dura. Foi a maior escola pra mim, tive a felicidade de trabalhar com o maior intérprete da história da música sertaneja, que na minha opinião, foi ele. Toquei também com o Gino e Geno, toquei nos forrós que o Mangabinha tem até hoje aqui em Belo Horizonte.

Eu nunca saí da música, sempre soube o que queria pra minha vida. Se não tivesse feito sucesso, taria até hoje tocando em boteco e em bailão. O que muita gente não sabe é que eu morei na casa do César Menotti e Fabiano, na época de vacas magras. Ninguém era sucesso ainda, a gente só ralava tocando nos bares em Belo Horizonte. Considero como meus irmãos.




Existe uma série de boatos sobre você. O mais conhecido é o de que você tem AIDS, e por mais que você desminta, tem gente que continua desconfiando...

Esse já virou lenda, sempre vai ter alguém perguntando. Mas pra esse boato tem explicação. Tem um rapaz que trabalha num laboratório, tem o mesmo nome que eu e deu algumas entrevistas pra jornais (diretor da Fiocruz/Farmanguinhos, Eduardo Costa). Aí, algum maldoso leu "Eduardo Costa" e "AIDS" na mesma notícia, começou a veicular isso por aí e o boato nunca mais parou.

Falaram várias vezes que eu morri também, chegou a dar em rádio. Já teve familiar que organizou viagem pra vir pro meu enterro por acreditar em boato. Essas coisas não tem como controlar, no fim eu acabo achando engraçado.

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Antes da apresentação em Araxá-MG, conversei com Gilmar Dutra, dono da Hipershow, empresa contratante de shows. Foi de Dutra a ideia de levar Eduardo até a cidade, e a explicação foi a seguinte:

"Olha, tem vários fatores pra gente comprar um show, mas o mais importante é o interesse que vem das pessoas, a gente traz o que o povo quer. O Eduardo nunca tinha cantado em um grande evento de Araxá, e faz três anos que é um dos artistas mais pedidos aqui na cidade. O público aqui se identifica muito com ele. Acho que a questão é que ele é do povo, ele é querido pelo povo. Quem não gosta de falar de beber cachaça? Comprei esse show em setembro, agosto do ano passado"

Um show sai por volta de R$ 120 mil.

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Você tem uma condição de vida acima dos padrões e sua agenda não tem mais datas até o fim do ano. A sua carreira é o que você sonhava?

Graças a Deus, hoje a minha carreira é uma carreira consagrada. Todos os discos que gravei foram sucessos. O disco novo, “Tem Tudo a Ver”, é um dos discos mais vendidos da musica brasileira, e a canção "Amores Imortais" é primeiro lugar no Brasil (segundo a Crowley, foi a música brasileira mais tocada nas últimas quatro semanas). Devo todo este sucesso aos radialistas e ao povo que abraçou a minha carreira e me colocou no lugar onde estou. Mas eu não paro por aqui, se Deus quiser vocês vão ouvir falar de mim por mais uns 130 anos.

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Eduardo, que recentemente rescindiu o contrato com a Universal Music (e em breve já deve anunciar nova parceria), planeja um DVD para os próximos meses. Afeito a projetos ""extras, como foi o caso do "No boteco", mais trabalhos nesse estilos devem surgir em breve.