quarta-feira, 25 de julho de 2007



Há muito quero escrever sobre Fé, pois ela me tem alimentado os dias.

A cada dia, acredito mais que a vida se tornaria um grande caos, se não possuíssemos crenças em algo que não vemos, que não tocamos, mas que alimenta nossa alma e aplaca nossos temores.

A vida é uma caixinha de surpresas boas e dolorosas. Coisas acontecem e muitas delas de modo inesperado, sem que as consigamos explicar e de difícil aceitação.

Acredito que o ser humano pode sobreviver em paz, até sem uma crença religiosa específica, mas não sem entrar em contato com sua espiritualidade e com valores que lhe são próprios como a tolerância, a compaixão, o perdão e o interesse pelo outro.

Enquanto seres humanos, todos nós precisamos desses valores para poder viver e conviver e, sem fé, eles se atrofiam e se perdem em meio ao materialismo da vida atual, ao ceticismo que nos rodeia, ao ódio que ainda contamina os povos e fomenta guerras.

Sem fé, a nossa existência se torna árida e muito difícil. É através dela que podemos desenvolver nossa capacidade de sentir e de nos tornarmos receptivos e responsáveis por um mundo melhor.

A fé é um eficaz antídoto contra o medo, aquele medo que corrói, que nos mina a energia, que nos paralisa e que fecha nossos corações para o amor e para o novo.

Acredito que a verdadeira fé é algo que todo coração ferido aprende, conhece e compreende. Ela traz a calma que não deve ser confundida com o mero conformismo, porque diferentemente deste último, ela é lúcida e compromissada com a vida.

Ter fé não é negar o problema que nos aflige, é vê-lo de um modo mais iluminado pela esperança de que cada dia é um dia a ser vivido e que desistir não é a saída.

Ter fé é acreditar que não estamos sozinhos em nossa caminhada, e que fazemos parte de uma energia maior e infinita que eu chamo de Deus.

" Há duas formas para viver sua vida: uma é acreditar que não existe milagre, a outra é acreditar que todas as coisas são um milagre..." (Albert Einstein)



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